Encontro com Ministro Welfort
Paulo Moura  
 

A palavra que mais se fala hoje é globalização.
As fronteiras entre as nações estão mais porosas economicamente ecomunicacionalmente.

O maior produto de exportação cultural brasileiro continua sendo a música, mesmo aquela sem palavras e que nós chamamos aqui de instrumental. Conheço isso por experiência própria pela receptividade que minha música instrumental vem obtendo mundo afora.

Semana passada eu tive uma ótima oportunidade de reflexão sobre produção cultural. Estava em Fernando de Noronha, tomando férias com a família e meu filho entusiasmado pela política ecológica do local resolveu adotar uma tartaruga e garantir a sobrevivência do animal dentro do projeto Tamar-Ibama. Foi aí que eu me senti um dinossauro dentro de uma gruta cheia de tesouros em vias de exterminação.

Por que será que eu, um músico instrumental, que dirijo o Museu de Imagem e do Som há um ano, ainda não consegui que nenhuma empresa nos adotasse na sua política de patrocínio? Não consigo fazer nenhum empresário entender pra que serve o Museu de Imagem e do Som.

Gostaria de lançar aqui uma nova campanha. A Ecologia Cultural que permitisse a preservação de todas as espécies raras que garantem a continuidade dessa espécie maior que é o homo brasilis.

O MIS serve para preservar o maior acervo de som e imagem que temos. E quero ressaltar que já temos projeto de digitalização aprovado pela Lei Rouanet.