Pilantrocracia
Equipe, 1969


01. 03:12  La cumparsita      
02. 02:26  El relicario      
03. 02:31  Mandrake      
04. 02:37  Terezinha de Jesus      
05. 02:52  La mentira      
06. 03:32  Tudo azul      
07. 02:43  Chiribiridin      
08. 02:51  Barril de chopp (Rosamunde / Beer Barrel Polka)      
09. 02:50  Correnteza      
10. 02:51  O ébrio      
11. 03:11  Meia volta      
12. 03:03  Rosa Morena      


Pilantrocracia é o retrato de um tempo em que os artistas instrumentais encontravam poucas oportunidades para trabalhar como solistas. O único jeito de sobreviverem com destaque no campo musical era criar temas ou estilos radicais. Paulo Moura deu uma paradinha nas gravações de jazz genuíno para gravar um LP pop com sua turma de músicos: Wagner Tiso, Oberdan Magalhães e Pascoal Meirelles, entre outros. Pilantrocracia, portanto, nasce deste movimento musical brasileiro do final dos anos 1960, misturando farta gama de influências: o pop inglês até Tin Pan Alley, de Carmen Miranda a James Brown. Uma experiência intensa e arriscada.
Pilantrocracia
Equipe

Remasterizado em 2008
Produtor fonográfico: Atração Fonográfica
Direção geral: Wilson Souto Jr
Direção executiva: Ana Maria T. Mendez
Coordenação geral: Ana Maria T. Mendez e Wilson Souto Jr
Produção executiva: Cristiano Stern
Foto: Luciana Whitaker
Projeto gráfico: Sivanir Batista
Masterização: Claudio Abuchaim

Produção: Oswaldo Cadaxo
Arranjos: Paulo Moura e Wagner Tiso
Diretor musical: Paulo Moura
Engenheiro de som: Alberto Soluri
Assistente musical: Maestro Zacarias
Gravação: Walter de Oliveira
Masterização: Ary Perdigão
Cover art: Michel Gantus

“Pilantrocracia” é um disco que retrata uma realidade rara de um tempo em que os músicos especialistas encontravam bem pouco trabalho e o único jeito de sobreviverem no campo musical era o de criar temas ou estilos radicais. Na Inglaterra muitos dos bons tocadores de jazz, eram convidados para participarem de trabalhos discográficos no gênero pop e também para gavarem musicas para acervos, as consideradas de biblioteca. Na Europa, os melhores músicos de jazz eram convidados para fazerem parte do sistema Hollywood ou para gravarem pop e soul music. No Brasil, músicos de jazz mudaram totalmente seu estilo e também passaram a gravar música pop. Antonio Adolfo tocou e compôs num estilo sem qualquer ligação com o trio de pianos o qual ele pertencia. César Camargo Mariano que um dia tinha gavado jazz brasileiro com o seu octeto agora estava fazendo parte da banda de Wilson Simonal e Evinha, e Paulo Moura, um dos maiores saxofonista da sua época, deu uma paradinha nas gravações de jazz genuíno para gravar um LP pop com sua turma de músicos: Wagner Tiso, Oberdan Magalhães e Pascoal Meirelles justamente com outros. “Pilantrocracia” é um disco que nasceu de um movimento musical no final dos anos 60 no Brasil, que misturava todas as influências musicais desde o pop inglês até Tin Pan Alley, desde Carmen Miranda até James Brown. “Pilantropia” é um produto que identifica todo um tempo, é enérgico, confuso, arriscado, e por muitas vezes, simplesmente louco.
A capa deste álbum reflete com precisão, a tendência, a profundidade e a sensibilidade da arte do pop daquela época.
A equipe que gravou “Pilantropia” é basicamente o mesmo grupo que gravou “Paulo Moura – Hepteto”: Paulo Moura, Wagner Tiso, Oberdan Magalhães, Pascoal Meirelles, Mailto Correa, Cesário Constancio Gomes, Darcy da Cruz e Luiz Carlos.
Sem título


Paulo Moura esteve junto a Tom Jobim e Sérgio Mendes, na noite de Bossa Nova no Carnegie Hall em 1962. Os americanos presenciaram o encontro do jazz com o samba e o saxofonista e clarinetista brasileiro concluiu: é tudo uma questão de Confusão Urbana e Rural. Com este LP de 1974, consolida a trajetória de solista instrumental e percorre, desde então, os cinco continentes – aclamado por platéia eruditas e populares.
Sua marca de virtuose despontou com a gravação do Moto Perpétuo de Paganini no clarinete, com uma técnica de sopro desenvolvida por ele em 1956; interpreta Mozart com a Orquestra de Camara de Moscou; toca sob a regência de Stravinsky, Leonard Bernstein na Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro; para Elis Regina, Paulo Moura fez o arranjo de O menino das laranjas, lançando-a no estrelato; com Milton Nascimento regeu o Milagre dos Peixes, enquanto Radamés Gnatalli oferecia-lhe o repertório inteiro de outro LP memorável: Paulo Moura interpreta Radamés Gnatalli.; acompanha Elias Fitzgerald e Nat King Colo no Golden Room de Copacabana Palace...
A profusão estética de seus improvisos no jazz ou no choro; o requinte de seus arranjos e composições vai da orquestra sinfônica à banda de gafieira; da releitura primorosa da tradição carioca suburbana ao vigor de tonalidades e rítmicas africanas que empresta à musica urbana e regional.
Inesgotável
Entre os inúmeros prêmios nacionais e internacionais, e uma discografia de mais de 35 CDs solos, destaca-se o I Grammy Latino de 2000 para Musica Instrumental de Raiz. E recentemente mais um Prêmio TIM: de novo é o melhor amigo solista instrumental 2005, pelo CD El Negro del Balnco com Yamandú Costa.
Em 2006 lançou Dois panos para manguá em duo com João Donato, pelo selo Biscoito Fino. E Gafieira Jazz pelo solo Rob Digital, com o grupo internacional que lidera junto com jazzista navaiorquino Cliff Karman.
Em maios de 2007 lamçou Samba de Latada, revigorando as raízes negras do insterior de Pernanbuco, partilhando a iniciativa e voz do requintado forrozeiro Josildo Sá.

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